— Esse atentado foi feito pelo pessoal da família Santos?
João semicerrava os olhos negros, frios e afiados, parecendo um chefão sombrio e desleixado.
O homem deitado na cama, que acabara de trocar os curativos, moveu levemente os lábios pálidos e finos. Sua voz rouca e grave soou ainda mais abafada:
— Talvez.
Talvez?
Os três ficaram ligeiramente perplexos. Que tipo de resposta era essa?
— Encontramos o responsável, mas nenhuma pista o aponta diretamente. Todas as evidências levam apenas a um bode expiatório. — Guilherme explicou.
Pietro curvou levemente os lábios num sorriso malicioso e soltou uma risada:
— É, o moleque se escondeu bem.
Em seguida, João levantou uma dúvida:
— Com as suas habilidades, não deveria ter se ferido, certo? — Ele acariciava o queixo anguloso com uma das mãos. — A menos que você tenha se machucado de propósito.
Pietro falou:
— Da última vez, o acidente de carro não deu certo. Agora você quer usar seu ferimento para atraí-lo?
Guilherme escolheu ficar em silênc