— Eu não mereço. — Os olhos negros de Lorena ficaram ainda mais opacos enquanto ela falava.
A mão de Guilherme, que estava em sua cabeça, se moveu novamente, mas ele não se apressou em responder. Em vez disso, gentilmente ajeitou a porção de cabelo que caía na testa dela, prendendo ela por trás da orelha.
A palma quente e grande do homem ficou naturalmente encostada na lateral do rosto dela, com a ponta dos dedos acariciando suavemente sua bochecha lisa.
Por causa desse contato, todos os pelos do corpo de Lorena se arrepiaram, e o local onde ele a tocava estava formigando.
De perto, ela podia ver seu próprio reflexo nos olhos profundos e negros do homem, como se ele tivesse apenas ela em seus olhos.
Os lábios sempre finos do homem se moveram levemente e ele disse:
— Você merece! — Ele disse com um tom muito determinado.
Os olhos de Lorena se arregalaram levemente sem querer.
Suas mãos agarraram firmemente o cobertor sobre ela.
No segundo seguinte, o homem a lembrou:
— Esqueceu o que eu