Guilherme estava um pouco desconfortável sendo encarado por Lorena.
Ao longo da sua vida, essa foi a primeira vez que ele fez algo tão abrupto.
Ele fingiu uma tosse, fechando a mão e levando ela à boca.
Lorena estava um pouco dolorida; aquele cadeado tinha custado dezenas de milhares de reais e, depois de apenas dois meses de uso, ele o arrombou?
O homem disse:
— Eu já pedi para trocarem por uma nova.
Ele já tinha providenciado uma nova, então ela não tinha muito o que dizer.
Afinal, ele não era exatamente um estranho, ainda era seu marido nominal.
— A senha, por enquanto, é a data do nosso casamento civil. Se quiser mudar, pode fazer isso mais tarde. — O homem acrescentou.
Mas ele ouviu Lorena dizer:
— Não precisa, pode deixar assim. — Depois de dizer isso, Lorena pegou um copo d'água ao lado e tomou um gole, depois abriu habilmente a caixa de medicamentos.
Os olhos negros do homem a observaram, com um sorriso caloroso no rosto, como um sol de primavera.
Ele estava feliz por ela aceit