Depois de receber um tapa na cara, diversos chutes e quase cair da cama, assustado Rodrigo sentou na cama, piscando para afastar os últimos vestígios do sono.
Ao seu lado, Sara se debatia e murmurava algo incompreensível. com cuidado, conteve os movimentos da esposa, chamando-a até desperta-la.
Devagar, Sara abriu os olhos e, para espanto dele, começou a chorar.
— Sara, o que foi? — perguntou, abraçando-a forte e acariciando seu cabelo.
— Pesadelo... Preciso de água.
Sem dizer uma palavra, Rodrigo colocou a calça e saiu apressado do quarto.
Sentando na cama, Sara abraçou as pernas e escondeu o rosto chorando. O que tinha feito? O que era tão ruim que sua mente não lhe permitia lembrar?
— Tome. — Ouviu a voz de Rodrigo comandar bem próxima.
Ele sentou sobre a cama e a observou beber todo o líquido em um só gole.
— Quer falar sobre o pesadelo? — perguntou após colocar o copo na mesinha de cabeceira e envolvê-la em um abraço.
Aninhada contra o tórax dele, Sara contou os fragmentos de seu