A avó dele fez questão de dizer, enquanto punha as velas de 1 e 8 sobre o bolo:
- Torta de frutas, sua preferida, Anastácia!
Anastácia me encarou com um sorriso sarcástico e respondeu para a velhinha que de bondosa não tinha nada:
- Ah, vó, você sabe todas as minhas manias e preferências! – A voz saiu dengosa.
- Já sabe, Jason, sua mãe tem que mimar bem esta garota, porque igual a ela não existe! – Alfinetou ainda mais.
Só faltou ela pegar meu boneco de vodu e cravar uma faca no coração, depois pisando em cima até sair todo o enchimento de dentro.
- Realmente não existe! – falei baixinho, não resistindo.
- Relaxa! – Pedro disse, pondo uma mecha do meu cabelo pra trás da orelha.
O olhei, confusa com o gesto.
Logo ela acendeu as velas com um isqueiro e todos começaram a cantar os parabéns, conforme ele havia dito que acontecia, por a vó não abrir mão daquele momento.
Onde estariam os pais dele? Olhei em volta e não encontrei uma foto ou qualquer coisa que pudesse fazer menção à família