Senti uma lágrima idiota brotando do meu olho e limpei-a com agressividade, chegando a sentir certa dor. Por que porra todo mundo me rejeitava ou traía? Qual o meu problema? Ou melhor, qual o problema dos outros?
Talvez a porra da questão de caminhos traçados e almas predestinadas fosse mesmo uma mentira.
Suspirei e levantei, ainda sentindo o coração batendo forte. Respirei fundo, sentindo o cheiro do ar puro que vinha das árvores gigantescas e que tomavam conta de praticamente todo aquele lugar.
A noite continuava linda e estrelada, me fazendo ir em direção à lagoa contemplá-la. Senti um vento fresco vindo da beira, causando-me frio e consequentemente arrepios.
Levantei as duas mãos e com os dedos polegares e indicadores fiz um triângulo, colocando a lua dentro dele. Uma lágrima teimosa voltou a cair quando lembrei da lua sobre o ombro esquerdo de Pedro.
Ri, ao mesmo tempo que chorava. Por que pensei que ele era diferente dos outros? O fato de o garoto fazer cursos, se dedicar a ajud