- Sua filha? – riu, de forma sarcástica – Vou jogar sua filha pela janela...
- Pai, por favor... – Senti as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas.
Joaquim levantou a chave:
- Você tem opção, minha filha... Ou me leva e depois volta, trazendo seu monte de pulgas em segurança. Ou eu dirijo e jogo esta bola de pelos pela janela... E passo por cima.
Engoli em seco e passei a mão na chave. Ele sorriu e pôs Pipeline no banco traseiro.
Minha mãe tentou entrar no carro e ele não permitiu:
- Você fica, vagabunda!
Minha mãe não deu um passo a mais. Ficou imóvel e li seus lábios:
- Vai dar tudo certo! Não fique nervosa. – Ela limpou a lágrima que escorria pela sua bochecha.
Entrei no carro e pus o cinto.
- Para que botar esta porra? – Ele debochou.
Respirei fundo e liguei o carro. Eu nunca tinha dirigido um Pegeout e parecia que nem os botões ficavam no mesmo lugar. Onde ligava os faróis? Ah, eu não precisava ligar os faróis de dia! E se chovesse no meio do caminho? Não fazia idei