Bruce
Bruce observava a cena pelas frestas da persiana do escritório. Lá dentro, John estava visivelmente irritado com os dois homens sentados à sua frente.
Ele não queria estar na pele de nenhum deles. Um era o gerente da unidade, o outro, o gestor financeiro. Ambos pareciam extremamente desconfortáveis.
Estavam em uma das empresas do Grupo Walker, uma fábrica de cimento que vinha apresentando desempenho abaixo do esperado.
John costumava fazer visitas inesperadas e aleatórias às empresas do grupo, sem avisos prévios. Aprendeu isso com o velho Walker: nunca se afastar demais dos negócios.
Onde quer que fosse, levava uma equipe de auditoria e fazia uma varredura completa nos setores.
Por isso, todas as empresas e unidades viviam em alerta constante e ninguém sabia quando o “tubarão dos negócios” apareceria.
Mas aquela visita estava se prolongando mais do que o habitual. Normalmente, John passava de três a cinco dias fora.
Desta vez, já se completavam duas semanas, e ele não pareci