— Saia!
A testa de Daniel já começava a formar gotas de suor do tamanho de grãos de feijão. Ele segurou o pulso dela firmemente, tentando trancá-la para fora.
Mas Beatriz se recusava a ir.
— Vá embora!
Daniel rosnou desesperadamente. Ele apenas havia segurado o pulso dela, mas o toque frio e macio já o estava fazendo perder o controle.
— Eu… eu não sei quem me drogou, mas agora é perigoso você ficar perto de mim. Deixe-me sozinho por um momento… se não der, me nocauteie, rápido, me nocauteie…
Daniel podia sentir que o efeito da droga era extraordinário, avassalador, como se fosse submergi-lo.
Ele não conseguiria manter a razão por muito mais tempo.
Ele pegou a luminária da mesa e a entregou a ela.
— Me acerte! — ele gritou desesperadamente.
Beatriz estava confusa, sem saber o que fazer.
Ela não poderia realmente ferir Daniel.
— Vá para o quarto, eu vou lá depois.
Beatriz saiu apressadamente do escritório. Ela queria que os empregados saíssem, para que não ouvissem o que não deveriam.