— Não tem problema, vou devagar.
— E se algo acontecer enquanto a chuva não para?
Quanto mais ele insistia, mais ela ficava preocupada, temendo por um acidente que a deixaria culpada pelo resto da vida.
Daniel então ‘relutantemente’ saiu do carro. Olhou para trás, para a chuva torrencial, sem se sentir particularmente grato aos céus.
— Sua roupa está ensopada, vá tomar um banho e troque por algo seco, vou preparar um chá de gengibre para espantar o frio.
— Você também deveria tomar um banho.
— Sim.
Beatriz voltou para dentro, preocupada com Carlos. Ele tinha saído quarenta minutos antes, deveria ter chegado em casa, mas ela temia que algo o tivesse detido.
Ela ligou várias vezes para Carlos, sem resposta. Após tomar banho, tentou novamente, e finalmente Carlos atendeu.
— Você chegou em casa?
— Cheguei.
A voz de Carlos estava abafada, seu humor parecia estranho, sem explicação.
— Que bom que chegou, amanhã te levo a revista.
— Ok.
— Carlos, está tudo bem com você? — Ela perguntou, preoc