Na manhã seguinte, desci para beber água e vi Ignácio em casa.
Ele parecia ansioso:
— Está bem?
Quando não havia ninguém por perto, tentou segurar minha mão.
— Não te abandonei de propósito, só ouvi Clarinda...
Interrompi:
— Não precisa explicar, entendi.
Cruzei os braços, deixando claro o recado.
— Paloma, mesmo sem sermos casal, me veja como irmão, não precisa agir assim.
— Irmão? Já tenho o meu, não preciso de outro.
Ele suspirou:
— Carlos está interessado demais em você, tome cuidado, não mexa com esse tipo de gente.
— Que tipo?
Ri com desprezo.
— Gente que usa os outros como reserva pode ter amor, Carlos pode ser pior que você?
Ignácio se irritou:
— Meu amor pela Clarinda é verdadeiro!
Parou, constrangido, me olhando.
Meu coração doeu, mas não tanto quanto antes.
— Leve seu amor para a Clarinda, e não me procure mais.
Renan chegou e Ignácio logo mudou de atitude.
— Amanhã é aniversário da Clarinda, vamos comemorar juntos.
Me lembrei do aniversário de debutante da Clarinda, com o e