O vapor do banho ainda envolvia meu corpo quando entrei no quarto de hóspedes, vestindo apenas uma camiseta larga que mal cobria minhas coxas. A água quente tinha aliviado a tensão do dia.
Do andar superior, o som de teclas sendo pressionadas me dizia que ele ainda trabalhava, finalizando os acordos que se comprometeu a enviar para Arthur. Comecei a desfazer minha mala com movimentos mecânicos, tentando ignorar a vontade de voltar aqueles dias de correria, mas também de noites tranquilas e apaixonantes.
Batidas firmes na porta cortaram o silêncio do meu quarto. Lucky estava no vão, a postura relaxada e os olhos me fitando, intensos e acalorados. Tinha tirado somente o paletó desde que chegamos, e desabotoara as mangas da camisa, as enrolando até nos antebraços.
— Vai ficar só olhando ou me convida a entrar?
Antes que eu respondesse, ele já estava cruzando o quarto em passos largos. Seus braços me envolveram antes que eu pudesse recuar, seus lábios encontrando os meus com uma fome que