O último dia da conferência foi um furacão de reuniões, apertos de mão e apresentações intermináveis. Meus pés latejavam dentro dos saltos, cada passo uma agonia, enquanto Lucky conduzia mais uma reunião com aquela voz imperiosa que fazia os investidores se inclinarem para ouvir e acatar. Quando sua mão pousou na minha cintura, sinalizando o fim do tormento, quase soltei um gemido de alívio:
— Chega de trabalho — declarou, seu hálito quente no meu ouvido fazendo meus joelhos tremerem. — Vamos aproveitar as últimas horas.
— Preciso enviar alguns e-mails antes de partirmos — contei, segurando a pasta contra o peito como um escudo.
Lucky simplesmente tirou a pasta das minhas mãos.
— O Rio não pode ser visto apenas de dentro de salas de reunião, bella. — Seus olhos escuros brilhavam com uma determinação que eu conhecia bem demais. — Vamos à praia.
— Não posso — resmunguei, mesmo sabendo que já estava perdendo a batalha.
— Nosso voo só sai à noite. — Ele inclinou-se para frente, seus lá