O calor da noite grudava na minha pele como um segundo corpo, tornando até o fino lençol uma tortura. De costas para Lucky, eu encarava a parede descascada da pousada, contando as rachaduras. A poucos centímetros, na outra cama de solteiro, eu sentia cada movimento dele - a respiração profunda, e perfume de sândalo me cercando.
— Está rígida como uma tábua — sua voz veio como um sopro quente na minha nuca, mais perto do que o esperado.
Respirei fundo, sentindo o colchão afundar levemente, indicando que estava sentando ao meu lado. Segurei o lençol com mais força.
— Estou tentando dormir.
— Mente mal — retrucou, e antes que eu pudesse protestar, suas mãos grandes e quentes pousaram em meus ombros.
Seus dedos tocaram meu ombro através do tecido fino da camiseta, e meu corpo reagiu antes que minha razão pudesse interferir - um arrepio percorrendo minha espinha.
O toque foi como um choque elétrico. Seus polegares encontraram o nó de tensão entre meus ombros e pescoço, pressionando com um