Arthur finalmente decidiu que era hora de agir. Não suportava mais ver Sarah definhar, aprisionada pela tristeza, disfarçando a dor que se espalhava por toda a casa enquanto se esforçava para manter a fachada na frente das crianças.
Uma urgência o consumiu, a certeza de que precisava agir para resgatá-la daquele abismo e, quem sabe, revelar-se como alguém disposto a ser seu porto seguro.
Naquela tarde, enquanto Sarah revisava alguns documentos na sala de estar, Arthur entrou com seu característico ar tranquilo, mas com uma determinação sutil nos olhos.
Naquela tarde, encontrou Sarah absorta em pilhas de documentos. Arthur adentrou o cômodo, sua habitual serenidade contrastando com a determinação que agora incendiava seu olhar. Ele sabia que o momento de agir havia chegado.
— Sarah — começou ele, aproximando-se —, acho que você precisa de uma pausa.
Ela levantou o olhar, surpresa.
— Uma pausa?
— Sim. Apenas uma noite para relaxar, respirar e se lembrar de que há um mundo lá fora — diss