Os dias na mansão Lewantys passaram a ser marcados por reflexão e incerteza. Thomas, determinado a reconstruir sua relação com Sarah, sabia que não podia forçá-la. Precisaria de paciência ― algo que nunca fora seu ponto forte.
Naquela tarde, Thomas encontrou Sarah no jardim, sentada sob a sombra de uma árvore enquanto observava Aurora e Adrian brincarem. Ele hesitou antes de se aproximar, mas sabia que não podia mais adiar a conversa.
— Sarah, — ele começou, com a voz firme, mas gentil. — Podemos conversar?
Ela ergueu uma sobrancelha antes de assentir.
— Claro.
Thomas aproximou-se dela, observando a fragilidade em seu olhar e cuidando para não invadir seu espaço ou despertar seus medos.
— Lamento profundamente por tudo que tem acontecido, Sarah — disse ele, com os olhos melancólicos. — Por ter confiado nas pessoas erradas... e por ter demorado tanto a enxergar a verdade que estava bem diante de mim.
Sarah permaneceu em silêncio, sem desviar o olhar.
— Sei que não posso mudar o passado