Enquanto Sarah se ambientava ao novo cargo no hospital, um drama silencioso e devastador tomava forma na ala pediátrica. Adrian Lewantys, o filho de cinco anos de Thomas, lutava pela vida contra uma rara e grave doença que comprometia sua medula óssea.
Os médicos foram claros: o tempo estava se esgotando. Após inúmeras rodadas de tratamentos paliativos e exames exaustivos, ficou evidente que apenas um transplante poderia salvar a vida de Adrian. O problema era que nenhum dos familiares testados até então era compatível.
Thomas passava cada momento livre ao lado do filho, incapaz de disfarçar o peso esmagador da impotência. Ele via em Adrian uma versão em miniatura de si mesmo: os mesmos olhos cinzentos, os cabelos escuros e a expressão determinada. Mas agora, aquela semelhança era um lembrete cruel da fragilidade da vida.
Ao lado de Adrian, sempre estava Aurora, sua irmã adotiva. Seus cabelos ruivos brilhavam sob a luz tênue do quarto, e seus olhos verdes refletiam uma inocência mistu