O calor abrasador e o cheiro acre da fumaça despertaram Sarah em um pesadelo. Seus olhos se abriram lentamente, lutando contra a confusão que a envolvia como uma neblina opressiva. A cabeça latejava, e cada movimento enviava ondas de dor por todo o corpo, como se mil agulhas a atravessassem.
— Fogo... — balbuciou, a realidade se desdobrando em horror à sua volta. — A casa está pegando fogo!
A fumaça invadia seus pulmões, tornando a respiração difícil, quase impossível. O som das chamas crescendo ressoava ao seu redor, como uma sentença de morte ecoando em sua mente.
O pânico começou a se instalar, e ela sabia que precisava agir rapidamente.
— Preciso... sair daqui! — Sarah gritou, tentando se levantar, mas a fraqueza a mantinha presa ao chão, como se o próprio peso do desespero a segurasse.
Seu coração disparou ao lembrar-se do bebê. Instintivamente, apertou a barriga com as mãos, sentindo um leve movimento.
— Anna... ela levou meu bebê? Ou foi um sonho, uma alucinação?
A confusão a