Wanda Narrando
Chegamos na frente da clínica, ele me puxou pela nuca daquele jeito que só ele sabe.
Eu virei de lado pra ele, sorrindo, e ele segurou meu rosto com as duas mãos, firme, quente, intenso. O beijo começou suave, mas em dois segundos já tava profundo, urgente. A língua dele encontrou a minha, e eu senti minha respiração falhar. Ele deslizou a mão pela minha nuca, me puxando mais pra perto, e eu gemi contra a boca dele sem nem conseguir evitar.
O beijo era daquele que faz a gente esquecer que tá num carro parado no meio da rua. Meu corpo inteiro arrepiou. Ele mordeu meu lábio de leve, depois aprofundou o beijo de novo, lento, gostoso, me deixando completamente bamba.
Quando ele afastou só uns milímetros, encostou a testa na minha e sussurrou baixinho:
— Vai ter mais quando você sair, tá?
Eu ri, totalmente entregue.
— Eu vou cobrar.
Aí sim eu desci do carro. Entrei na clínica ainda sentindo minhas pernas meio moles. Sorri pra mim mesma, ajeitei o jaleco, e fui direto pra re