Norah Narrando
Depois do dia inteiro na piscina, o Alexander estava exausto. Eu também estava, mas, diferente dele, meu cansaço era só físico, ele carregava o corpo e a mente.
Quando voltamos para o quarto, ajudei ele a passar da cadeira para a cama e ele soltou um suspiro pesado, daqueles cheios de dor e orgulho ao mesmo tempo.
— Tá tudo bem? — perguntei, passando a mão no braço dele.
— Só cansado — ele respondeu.
Sentei ao lado dele e falei devagar:
— Você quer que eu faça aquela massagem que te falei? A tântrica?
Ele me olhou como se tivesse esquecido que o mundo existia.
— Tem certeza? — a voz dele saiu rouca, insegura, vulnerável.
Nunca imaginei ver o Alexander daquele jeito.
— Tenho. E eu confio em você. Agora você precisa confiar em mim.
Ele respirou fundo e assentiu.
Eu me levantei, fechei a porta, apaguei a luz e acendi o abajur, a luz ficou suave, quente, deixando o quarto com uma calma que eu mesma não esperava sentir.
Pedi:
— Deita de barriga pra cima, relaxa os braços.
E