Norah Narrando
Achei melhor dormir com o Alexander. Aquela febre tão repentina dele me deixou com o coração apertado, e, por mais que eu tente manter o tom profissional, algo dentro de mim simplesmente não consegui relaxar. Passei o dia todo ao lado dele, e ainda assim, quando o vi adormecer, não tive coragem de sair. O jeito como o corpo dele tremia mais cedo, o calor excessivo, a fraqueza, tudo aquilo me assustou. Deitei ao lado dele, mantendo certa distância, mas com a atenção redobrada em cada movimento, cada respiração.
— Você vai dormir aqui? — ele tinha perguntado antes de fechar os olhos, e eu respondi que sim. Disse que era melhor estar por perto caso ele precisasse de alguma coisa, mas a verdade é que quem precisava ficar por perto era eu. Eu precisava ver com os meus próprios olhos que ele estava bem.
A luz da lua atravessava as cortinas finas e desenhava traços prateados pelo quarto. Eu podia ouvir o som do vento lá fora, o farfalhar das folhas, e a respiração pesada de A