Alexander Narrando
Meu corpo ainda parecia pulsar quando ela desabou ao meu lado, ofegante, com o rosto colado no meu peito. A respiração dela batia quente na minha pele, e eu fiquei ali, só sentindo, só existindo com ela.
Acariciei sua nuca devagar, arrastando os dedos pelos fios úmidos do suor que ainda não tinha secado.
— Você tá bem, amor? — perguntei baixinho.
Ela levantou o rosto e me deu aquele sorriso pequeno, cansado, mas cheio de amor. Aquele sorriso que me desmonta inteiro.
— Tô, melhor do que bem.
Fiquei alguns minutos admirando o jeito que ela me olhava. Não tinha culpa, não tinha dúvida, não tinha medo. Só entrega.
Depois, respirei fundo, coloquei a mão na cama firme e comecei a me preparar pra passar pra cadeira. Norah percebeu na hora.
— Deixa eu te ajudar, Alex.
— Eu consigo. — respondi, mas sorri. — Só fica perto caso eu desequilibre.
Ela ficou. E eu consegui, ainda devagar, ainda com cuidado, mas consegui. Cada avanço desses me faz sentir vivo de novo, dono de mim.