(Visão de Rafael)
O barulho constante do aeroporto nunca me pareceu tão agradável quanto agora. Cada anúncio no alto-falante, cada mala rolando pelo chão ou risada apressada das pessoas ao redor… tudo parecia me empurrar pra um único pensamento: eu tô voltando pra casa.
Finalmente.
Depois de semanas longe, a sensação de embarcar no voo de volta me deixava quase… leve. Peguei o celular no bolso só pra conferir, pela quinta vez, a mensagem que tinha mandado mais cedo pra minha mãe avisando que chegaria naquela noite. Mas Lorena… ah, eu queria guardar a expressão dela quando me visse entrando na empresa de surpresa na quarta-feira de manhã.
Só de imaginar, meu peito já abria um sorriso.
Encostei a cabeça no encosto da cadeira da sala de embarque, tentando relaxar, mas a ansiedade batia forte. Era engraçado: eu, que enfrentava reunião infernal sem suar, ficava nervoso só de pensar em ver a Lorena de novo.
Suspirei, observando pela janela o avião estacionado na pista.
Tá perto. Falta pou