Ela fez uma careta e ergueu uma sobrancelha. Aquele olhar de quem sabia que eu estava certo, e odiava admitir.
— Argh... você tem noção de como você é insuportável às vezes?
— E irresistível. — respondi, jogando charme, mas a verdade é que eu só não queria ir sem ela.
Ela revirou os olhos e soltou um suspiro.
— Me dá quinze minutos. Vou me arrumar.
Assenti, e ela foi pro quarto, fechando a porta com um “pá” típico dela.
Eu fiquei com Gabriel ali na sala, ainda com ele nos braços. Ele me olhou de lado, curioso.
— Vocês dois vão namorar de novo?
Eu dei uma risada e afrouxei o abraço, só pra olhar bem aquele rostinho atento.
— Sua mãe é esperta, Muito esperta. E eu... — suspirei, pensando em como explicar. — Eu fiz ela se machucar. Tipo quando a gente cai e rala o joelho, sabe? Só que no coração. E agora ela tá brava comigo.
Ele franziu a testa, pensativo, como se estivesse processando aquilo. Então, com a maior naturalidade do mundo, disse:
— Ela gosta de chocolate. Com coco.
Eu travei