Valter cruzou os braços e se aproximou, ainda encarando o homem a nossa frente.
— Esse aí é o Luiz. Ele estava arrumando celulares e chips pro Enrique. É o desgraçado que tava dificultando a gente de rastrear os passos dele. Já tem passagem na polícia por invadir sistema de empresa grande... dizem que é um gênio da internet.
Me aproximei devagar. Ele estava com o olhar baixo, o rosto suado, respirando rápido.
Com raiva, arranquei o pano de sua boca.
— O que você sabe sobre o Enrique?
Ele ficou em silêncio, olhando pra mim como se não devesse nada. Respirei fundo, tentando segurar a paciência, e olhei pra Valter.
— Começa o interrogatório.
Valter não pensou duas vezes, se aproximou e acertou o primeiro soco no rosto do cara. O estalo ecoou na sala e o sangue escorreu pela boca dele, que cuspiu no chão. Luiz ainda assim ficou calado.
Valter se inclinou sobre ele e eu sabia que estava tentando se segurar.
— O que você sabe sobre o Enrique? Fala logo, desgraçado.
Nada. Só silêncio e um ol