(Caleb)
Fiquei parado ali, em frente ao portão do condomínio, com as mãos trêmulas sobre o aro da cadeira. O vento da noite batia leve, mas parecia frio demais pro calor que subia pelo meu peito.
Aquele era o prédio onde Diogo tinha o apartamento. E agora… também era onde ela estava.
Fernanda.
Nunca teria imaginado que meu irmão esconderia algo assim de mim. Ele sempre foi o tipo de homem que fazia o impossível pra me proteger, mas esconder a Fernanda? Depois de tudo que a gente viveu? Depois do jeito que ela sumiu da minha vida?
Meu peito apertou.
Por um segundo, eu quis acreditar que era algum mal-entendido. Que ele tinha um bom motivo. Mas quanto mais eu pensava, mais parecia doer. Ela tinha estado tão perto esse tempo todo.
Peguei o celular no bolso da jaqueta. Olhei pra tela por alguns segundos. O número dela ainda estava ali, gravado e bloqueado. Engoli seco e desbloqueei.
Meu dedo pairou sobre o botão de ligar. Droga… o que eu tava fazendo?
Mesmo assim, apertei.
O toque ecoo