Assim que estacionamos na frente da mansão, senti meu coração bater um pouco mais rápido. Era como se cada segundo que me separava daquele momento do encontro de Lucas com a minha mãe e com o Caleb, carregasse um peso que eu nem sabia descrever.
Antes mesmo de eu desligar o carro, a porta da frente se abriu e lá estava ela.
Minha mãe.
Helena Montenegro vinha praticamente correndo, com o olhar ansioso varrendo o carro de um lado ao outro, como se procurasse uma parte de mim que ela esperou a vida inteira reencontrar.
Abri a porta e desci, tentando conter o nó que já se formava na minha garganta. Dei a volta e abri a porta de trás e Lucas desceu devagar, meio acanhado, segurando a barra da blusa.
— Mãe… — chamei baixo, mas ela já vinha com os olhos marejados.
— Meu neto… — ela murmurou, num tom tão suave e quebrado que me fez engolir em seco.
Lucas a olhou, confuso. Eu podia ver que ele não sabia muito bem o que fazer com aquela emoção toda. Então, dei um leve empurrãozinho nas costas d