O tempo dentro daquele helicóptero não corria em minutos, mas em contrações. Cada vez que o corpo de Isabelle se enrijecia, meu mundo parava. Eu sentia a sua dor quando ela apertava a minha mão com força. Então eu apertava de volta, tentando transmitir que estava ali, o tempo todo e não sairia do seu lado.
Observei atentamente a gota de suor que escorreu pela lateral do seu rosto. De tempos em tempos ela umedecia os lábios. Entre uma contração e outra chamava o meu nome, de forma fraca, quase inaudível.
Eu observava o lado de fora e tudo que via era um tapete de luzes desfocadas a centenas de metros de altura. E tudo que eu desejava era identificar o hospital no meio delas.
Me arrependi de não ter esperado a ambulância. Poderia ter ao menos usado um paramédico para acompanhar-nos. Caralho, como eu queria poder arrancar a dor dela!
Finalmente senti a mud