O silêncio que se seguiu foi mais aterrorizante que o tiro. Me pareceu que, assim como eu, o mundo inteiro parou de respirar naquele momento.

Não gritei... porque nada saía da minha garganta. Uma pequena distância me separava do corpo de Jorel. Então olhei para Isadora, que assistia a cena tão incrédula quanto eu, talvez compreendendo a gravidade do que havia feito. Ela tremia a ponto de arma parecer que cairia de sua mão.

Andei até Jorel, devagar, como se meus pés não tocassem o chão e sim nuvens. Parecia que tudo estava fora do lugar... o mundo inteiro sem gravidade.

Me ajoelhei no chão, sentindo o calor da minha filha contra meu peito, o choro insistente mostrando que, apesar de tudo, estava viva. A balancei, confusa, de forma automática, tentando consolá-la... e perguntando quem me consolaria se eu perdesse Jorel Henrique.

Eu sabia que não dev