- É uma menina! – a enfermeira que estava ao meu lado explicou, assim como eu, observando de longe.
Olhei para Isabelle, que assistia tudo, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Tentei levantar, mas meu corpo simplesmente não obedecia mais.
Colocaram o que me pareceu ser um saco de borracha com uma máscara na ponta no nariz e boca da minha menina. Alguém apertava o balão com as mãos, como se estivesse empurrando ar para dentro de seus pulmões. Quando vi que começaram uma massagem cardíaca, coordenada com a ventilação, ouvi o médico dizer:
- A recém nascida precisa ser transferida urgentemente para a UTI neonatal.
Então a levaram. Sim, levaram para longe de mim aquele serzinho indefeso, desprotegido, tão pequeno que parecia ocupar um pouco mais das duas palmas das minhas mãos.
Sabe aquela dor que eu achava que era insuport&aa