— Criança, precisa lavar o rosto antes do jantar — chamou Althea.
Ela segurava uma bacia com água e uma toalha limpa.
Sigmund acordou, lavou o rosto e o secou na toalha, manchando-a com as lágrimas negras. Ele acanhou-se ao vê-las e desconcertado, disse:
— Desculpa sujar a toalha.
— É só uma toalha. — Althea sorriu. — Sujamos todas para que não as chore. Uma criança não deveria derramá-las. É triste, mas reparável.
— Creio que ninguém normal deveria chorar assim, não!?
— Elas percorrem um longo caminho do interior de nossa alma até se manifestarem através de nossos olhos. Carregam consigo sentimentos e memórias, bons ou ruins. Às vezes, carregam parte de nós e estas são as piores! Pois, levam este pedaço embora, de forma irreversível.
Ela deixou a bacia sobre a mesa de centro e caminhou com Sigmund.
— Temos três refeições no dia, uma ao amanhecer, uma à tarde e uma à noite, opcionalmente há uma refeição antes de dormir. São quarenta sacerdotes, incluindo-me, no templo. Então, s