ROSA
Eu apertei os olhos para ela.
— Mas aí não é mais surpresa se você tá me dizendo que vai mesmo fazer uma festa.
— Vamos lá, Rosa, não estrague a vibe! — Ela fechou os olhos, fingindo irritação.
— Em três dias.
Eu fui embora depois disso e os próximos dois dias foram tranquilos, sem intercorrências. Sem visitas na loja. De nenhuma espécie, mesmo!
No fim de semana, fomos ao shopping e, francamente, não ficamos muito tempo. O local era estranho, muita gente e, sem qualquer surpresa, as pessoas nos olhavam esquisito.
— Vamos tomar um sorvete e ir pra casa. Esse povo não vale a nossa companhia. E no nosso precioso sábado! — Gini sorriu para mim e me arrastou para o mercadinho. Compramos sorvete e ela foi lá pra casa.
Eu não tinha uma TV, então, Gini e eu assistimos um filme pelo celular dela, mesmo. Mais uma experiência para a minha lista de novidades. Gini é a irmã que eu sempre quis ter.
Na manhã do meu aniversário, eu acordei com o meu celular tocando e pensei que era Gini,