Capítulo – A Profecia Sombria
Desde o momento em que nasci, o mundo tentou me destruir.
Minha mãe gritou ao me trazer ao mundo, seu corpo frágil consumido pela escuridão
antes mesmo de me segurar nos braços. Ela foi morta pelo próprio sangue que corria em
minhas veias. Meu pai? Nunca existiu. Ou, se existiu, nunca se preocupou em me
procurar.
Eu fui criada pelas sombras.
Na aldeia onde nasci, eu era vista como uma maldição ambulante. "Filha do caos",
"amaldiçoada", "desgraça". Eram os nomes que me deram antes de me jogarem no rio,
como se quisessem que a corrente me levasse para longe e apagasse minha existência.
Mas a morte nunca foi meu destino.
Uma velha bruxa me encontrou às margens do rio, ainda bebê. Ela me levou para sua
cabana nos pântanos, alimentou-me, deu-me um nome. Genevive ou Samira.
Foi com ela que aprendi que o mundo não era feito para pessoas como nós. Foi com ela
que aprendi que fraqueza significava morte.
— "O poder é a única coisa