Beatriz segurava a barriga, com os olhos fechados.
Seu rosto estava um pouco pálido.
Uma dor surda latejava em seu ventre.
A menstruação havia chegado.
Que hora mais inoportuna para aquela visita inconveniente.
Seu ciclo sempre fora irregular.
A policial, com um gesto de bondade, ofereceu-lhe um pedaço de pão e uma xícara de água.
O advogado enviado por Rodrigo era um dos melhores da área.
Beatriz já podia ser liberada sob fiança, e Rodrigo a esperava do lado de fora da delegacia.
Embora solta, ela ainda estava sob suspeita e deveria comparecer quando solicitada.
Com a mão sobre o abdômen e o rosto pálido, Beatriz agradeceu ao advogado e o seguiu para fora.
Assim que ela saiu, Rodrigo notou sua aparência abatida.
Ele se aproximou a passos largos, segurando sua mão gelada.
Rodrigo a pegou no colo e a colocou no carro, ajustando o cinto de segurança. — Bia, está naqueles dias?
Ele sabia que ela sentia dores durante o período menstrual.
Beatriz assentiu com a cabeça, os lábios apertados e