Romeu começou a bater insistentemente na porta.
— Abre essa porta, Juliette! Por favor, precisamos conversar!
— Não quero conversar!— eu retruquei em voz alta.
Romeu deixou as mãos deslizarem pela porta, desanimado.
— Por favor, Juliette!— agora era uma súplica, que vinha com um choro quase silencioso.
Eu franzi a testa e encostei o ouvido na porta, tentando entender o que ele dizia, com voz muito baixa. Nem em sonho eu poderia imaginar que ele estivesse chorando por mim.
Depois de um tempo, resolvi abrir a porta, mas ele não estava mais ali.
Ele estava se acabando de chorar no seu quarto, sentado à beira da cama, com a cabeça baixa.
— Ela não me quer mais, eu não sei o que eu faço agora!— as palavras saiam entre soluços.
Eu voltei para dentro do meu quarto e fechei a porta novamente. Ouvi o barulho de carros saindo e corri para ver da sacada. Era o meu marido que estava indo trabalhar.
Quando eu desci, levei uma bronca de Januá