Renato abriu um largo sorriso e virou-se para Amélia. Não foi preciso dizer qualquer coisa, a mulher estava em choque com o tom de autoridade do recém chegado.
— Estou indo chamar a Tina!— ela disse, antes de subir apressada.
Tina se assustou ao ver a mãe entrar no seu quarto, daquele jeito afobado.
— O que foi, mãe? Parece que viu fantasma!
Amélia gesticulou confusa.
— Eu vi, quer dizer, ele está aí!
— Quem mãe?
— O seu sogro.
— O quê!— Tina franziu a testa.
Amélia começou a andar pelo quarto, extravasando o seu estresse.
— O doutor Romeu, ele veio falar com o seu pai e pelo que me pareceu, não aceita não como resposta!
Tina tomou o filho nos braços, nervosa.
— Eu vou falar um não bem grande para ele!
Amelia apressou-se e pegou o neto nos braços.
— Deixe o Arthurzinho quieto, ele está dormindo! Desça lá que eu olho o garoto!
Tina saiu pisando fundo, estava decidida a colocar o intruso no seu devido lugar.