Uma vez, os dois no banco traseiro do carro, à caminho do trabalho, Arthur abordou o assunto novamente.
— Parece que a Juliette ficou bem abalada, não é pai?
Sem desviar o olhar do assento à sua frente, Romeu respondeu:
— Não era para menos! Imagino que ela nunca pensou que o filho pudesse ser seu, aliás, acredito que ela nunca tenha desejado isso!
— Concordo com o senhor, pai. Imagino que seja difícil para ela estar casada com o avô do seu filho.
Romeu sentiu um soco no estômago. Virou-se para o filho com o olhar incrédulo.
— Não percebe que está fincando uma lâmina no meu peito, cada vez que se faz lembrar dos detalhes dessa estupidez?
Arthur engoliu em seco, percebendo que o pai estava alterado.
— Não estou desejando que se separe da sua esposa, sei o quanto é importante esse casamento por conveniência para os negócios da família.
Romeu ficou boquiaberto, se negava a acreditar que o filho estivesse lhe espezinhando.
— Espera se casar