— Juliette!— uma súplica abafada.
Os olhos de Arthur lacrimejaram. Ele ficou ali parado, me observando, até que ele me viu retornar para o meu quarto, sem concluir o que fui fazer ali.
A minha silhueta podia ser vista caminhando lentamente pelo corredor, ele podia ouvir o choro quase silencioso e abafado pelas mãos que cobria a minha boca.
Entrei no meu quarto, sem perceber a presença dele ali. Arthur estava mais para dentro que fora do seu quarto, e a luz fraca do corredor lhe camuflava.
Deitei e aceitei o calor aconchegante do meu cobertor. Estava em crise de abstinência e se entrasse no quarto do meu marido, teria deixado lá minha dignidade. Tudo o que queria era me aninhar nos seus braços e dormir bem agarradinha com ele, ou quem sabe até impedi-lo de procurar outras mulheres, mas eu sabia que uma hora ele perceberia o tanto que eu o amava e iria achar que eu aceitaria tudo para ficar com ele. Só de pensar em passar por tudo o que a minha mãe passou, me dava arrepios!
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