Por Choi Ha-na
Observo meu tio segurando a arma; aquele homem enlouqueceu completamente. Ele vai ser preso ou morto só por estar com aquilo na mão.
As sirenes do shopping começam a tocar em alerta, sinalizando para todos evacuarem imediatamente. A polícia não demoraria a chegar.
— Você quer me matar agora? — minha voz permanece calma, os olhos frios. — Se tem um pingo de decência, jogue essa arma para longe.
— Você acha que ligo para isso? — ele rebate, apontando a arma. — Não pensei que você fosse chegar tão longe. É meu direito este lugar. Me esforcei para acabar assim.
— Deveria ter se esforçado de outra maneira — respondo, irritada. — Se não tivesse sido tão ambicioso e…
Ele solta uma risada ácida, ecoando pela sala.
— Você falando de ambição? Logo você… — revira os olhos. — Não seja hipócrita, Ha-na. Sempre foi ambiciosa. Quis estar aqui desde que começou como estagiária. Eu a treinei tão bem… tão bem que está aí.
Por um lado ele tinha razão. Mas eu nasci para isso; é meu direito