Amélia

Meus olhos piscavam frequentemente ao ver Inácio ligado aos aparelhos. Ele havia sido encontrado por X9, desacordado em um galpão, com indícios de overdose.

Saí do quarto sendo acompanhada pelo médico, que não tinha nenhuma expressão.

— Doutor, me diga a verdade, ele vai ficar bem? — perguntei, enquanto uma voz no fundo da minha mente dizia que eu estava sendo boba, que deveria fugir enquanto ainda dava tempo. Mesmo assim, eu não conseguia me afastar do hospital. — Ele vai acordar ainda hoje? — completei a pergunta.

Ele olhou algo na prancheta, então me fitou.

— Provavelmente, irá acordar só amanhã. Aconselho que vá para casa e tome um banho — disse com a voz seca.

Respirei fundo, sentindo o cheiro de cloro e álcool que vinham dos corredores.

— Certo, obrigada, doutor! — eu disse, enquanto ele se afastava, seguindo para outro corredor.

Voltei para a sala de espera, onde se encontravam X9, Xz e Gabriel, que segurava uma Diana sonolenta no colo.

— E aí, como ele está? — X9 se apr