capitulo 33

Inácio Hall

Entrei no escritório com Daniel, que fechou a porta atrás de nós e esperou pela minha explicação.

— Então? — ele perguntou, a voz grave.

Sentei-me tranquilamente na poltrona.

Não estava nervoso, nem com medo de ser descoberto. Ele não saberia da verdade; eu contaria apenas o que era necessário para acalmá-lo.

— Eu estava meio desesperado e não medi as consequências do meu ato: droguei Amélia e a fiz assinar um contrato de casamento comigo. Foi assim que nos casamos... — comecei, sabendo que nem tudo podia ser mentira.

Ele me interrompeu, incrédulo.

— Você fez o quê? Ficou louco? Eu não gosto dela, mas também não quero que seja infeliz só porque a ama. Isso não significa que você deva drogá-la e obrigá-la a se casar com você...

— Eu não a obriguei — me defendi, com a voz firme.

Ele me olhou, descrente.

— Não? Você está se ouvindo? Você a drogou! Ela não estava consciente dos próprios atos. Ela não o ama, só está com você porque... espera, por que ela ainda está c
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