As palavras de Dominic no balcão do meu quarto, o elogio à minha beleza, a forma como ele me fez sentir desejada e perfeita, ecoavam em minha mente como uma melodia proibida. Eu me sentia flutuando, uma sensação que eu não experimentava desde antes da traição de Fernando. Aquele beijo quase-beijo, o toque de seus lábios no canto da minha boca, havia acendido um fogo em mim que eu não sabia como apagar. Ele era meu padrasto, sim, mas também era meu companheiro, e a atração entre nós era uma força avassaladora que eu estava começando a aceitar.
Apesar da intensidade dos nossos momentos a sós, a vida no castelo continuava, e com ela, o peso do segredo. Ninguém, além de nós, sabia sobre o laço. Mas a mudança na dinâmica entre Dominic e eu não passou despercebida. Ele estava mais presente, mais atento. Sentava-se à minha mesa durante as refeições, caminhava ao meu lado pelos corredores, e seus olhos dourados me seguiam com uma frequência que antes era rara.
Os sussurros começaram. No iníci