Anton Griffin
— Oliver, como foi ontem? — pergunto com um leve tom de desespero na voz. Parece que estou nessa situação há uma eternidade. Não suporto essa sensação de não me sentir eu mesmo.
Ele nega com a cabeça.
— Sinto muito, chefe. Nenhum sinal da deusa. Ela não atendeu ao meu chamado.
— Estou tão ferrado. Também clamei por ela, mas não houve resposta. — Passo a no cabelo, bagunçando ainda mais. Venho fazendo muito isso desde que fui amaldiçoado. — Será que a deusa crer que mereço isso? — Olho em seus olhos. — Fui tão cruel assim desde que me tornei Alfa? Seja sincero.
— Cruel não é bem a palavra. Eu diria cru. Você não mede palavras, seja mulher, homem, criança ou idoso, quando vai repreender o tom é o mesmo. — Suas palavras me fazem lembrar que bastava uma palavra diferente ao me referir aquele projeto, e Serafina não sairia tão magoada. — Mas é um homem e Alfa justo.
— Quantas vezes já me viu ser cruel com Serafina? — a pergunta sai como sussurro amargo.
— Já presenciei você