Cortinas de Fumaça
A noite caiu sobre a cidade como um véu espesso. A sede do Instituto Montenegro já havia encerrado suas atividades, mas a tensão persistia no ar como eletricidade antes da tempestade.
Artur observava pela janela do escritório principal, os olhos fixos nas luzes dos postes e na névoa que subia do jardim.
Ao seu lado, Reinaldo revia os relatórios com atenção silenciosa.
Desde seu retorno, ele havia se tornado não só o braço direito de Artur, mas também um conselheiro atento.
— As últimas denúncias foram arquivadas. Disse Reinaldo, finalmente.
— Não há provas. Mas Raquel e Ronaldo não vão parar por aí.
Artur respirou fundo, o maxilar tenso.
— Eles querem minar nossa credibilidade, Reinaldo.
—Estão atacando o que construímos com mais do que recursos:
—Com amor, com verdade!
—Se deixarmos que eles transformem isso em fumaça, perdemos mais do que reputação.
—Perdemos vidas.
Enquanto isso, Lara estava no segundo centro terapêutico, coordenado por Lisandra e Audre