Eu ainda sentia a fúria fervendo dentro de mim quando mesmo diante da presença de Ethan, segurei os punhos de Laila com força, chacoalhando-a como se assim eu pudesse arrancar dela uma explicação que fizesse sentido. Seus olhos estavam arregalados, mas não havia arrependimento ali, apenas medo.
— O que está acontecendo aqui?!
Ele perguntou, a voz carregada de urgência. — Eu ouvi os gritos da rua!
Soltei Laila bruscamente e recuei, tentando conter o ódio que me consumia. Passei as mãos pelos cabelos, tentando organizar meus pensamentos.
— A vontade que eu tenho é de matá-la, Ethan.
Rosnei, sentindo meu peito subir e descer com a respiração pesada.
Ethan olhou para mim e depois para Laila, que tremia.
— Laila, me diz o que está acontecendo. O que você fez?
Laila soluçou, apertando as próprias mãos, como se quisesse se segurar.
— Eu não queria... Eu não queria!
Repetia como um mantra.
— Mas ele me prometeu... o anjo me prometeu que, se eu fizesse tudo o que ele mandasse, Azrael seria