110. Laços de Sangue e Destino
Alice
Depois daquela conversa, Filipe me convida para almoçar. Já passou das 13h, e como dizia minha mãe, minhas lombrigas estavam colando o meu estômago nas minhas costas. Coisa de mãe que tem uma filha gulosa em casa.
Prontamente aceito o convite.
Agora estou dentro de um restaurante sofisticado, observando o cardápio, que, por sinal, só tem pratos caríssimos. Estou sentada em uma cadeira de madeira acolchoada diante de uma mesa redonda, coberta por uma toalha branca e um cobre-manchas dourado, cercada por taças de cristal e um lindo solitário no centro com uma rosa amarela dentro. A janela ao lado nos dá uma vista privilegiada da Lagoa, um dos bairros mais encantadores do Rio de Janeiro.
Diante de tanto requinte, me sinto envergonhada.
— Acho que não estou usando a roupa apropriada para frequentar um lugar como este — falo baixo, enquanto observo as pessoas ao meu redor, vestindo roupas casuais chiques, bem diferentes da roupa simples que visto.
Filipe segura minhas mão