Ela ficou me encarando por alguns segundos, como se estivesse buscando algum vestígio de brincadeira.
— Vamos? Eu perguntei, já pegando a mala da mão dela. — Eu não vou fazer o quê você me pediu, se é isso que você tem em mente ao me levar pro seu apartamento. — Relaxa esquentadinha, eu não quero que você faça nada, além de continuar estudando aqui e correndo atrás dos seus sonhos, entendeu? Ela me encarou outra vez, e os olhos dela ficaram marejados, e eu percebi que isso acontecia com frequência. — Quem falou pra você que eu não iria mais estudar aqui? — Sua amiga, mas não briga com ela, eu que insisti pra ela me dizer. — Então você perguntou a ela por mim? — Sim. — Então você sentiu a minha falta? Eu vi o sorrisinho debochado dela e tentei ignorar. — Você não vai fazer eu me irritar com você já no primeiro dia de convivência Maya. — Convivência? Como assim? Ela perguntou assustada. — Sim, se vamos dividir o apartamento, nós precisaremos nos entender. — Dividir o apartamento? Eu pensei que você iria me emprestar, e não morar comigo. — E eu vou morar onde se eu deixar ele inteiro pra você? Ela ficou pensativa, realmente ela não estava esperando por aquilo, mas eu conseguia entender perfeitamente a preocupação dela, sem nem precisar falar. Eu coloquei a mala dela no chão novamente e a encarei. — Escuta, eu não sou um babaca, não sou um assassino, não sou um estuprador, não costumo levar amigos lá, não costumo levar mulheres pra lá, e não sou bagunceiro, você terá seu próprio quarto, e nós poderemos estabelecer outras regras se você quiser, eu só quero ajudar você e te conhecer melhor, falando nisso, muito prazer, eu me chamo Aslan. Eu falei esticando a mão pra ela apertar. Ela passou alguns segundos até decidir apertar a minha mão, e pela primeira vez eu vi um sorriso sincero saindo daquela boquinha maravilhosa. Eu coloquei a mala dela no meu carro, e fomos pro meu apartamento, o carro dela ficou no estacionamento da universidade até eu regularizar a entrada dele no meu condomínio. Eu não podia negar que vivia uma vida luxuosa, bancada pelo o meu pai, muito em breve eu estaria trabalhando com ele e podendo bancar os meus próprios luxos, mas enquanto esse dia não chegava, eu não ligava em receber uma mesada gorda dele, e ter a vida que eu sempre gostei de levar. No condomínio existia tudo que um ser humano precisava, desde academia, até lojas de roupas e artigos, e eu evitei olhar pra cara da Maya, pois mesmo sem a conhecer bem, eu sabia exatamente o que estava se passando pela mente dela. Quando eu estacionei o carro, eu desci e tirei a mala dela do carro, e por alguns segundos o nosso olhar se cruzou, e eu vi que ainda existia um certo receio da parte dela. — Vamos entrar? Ela apenas balançou a cabeça concordando. Quando entramos, ela ficou parada na sala, olhando pra tudo em volta, como se tivesse admirada com o local. — Nesse apartamento cabe uma família inteira, como você faz pra limpar esse lugar todo? — Eu tenho uma pessoa que vem aqui duas vezes na semana pra fazer isso. — E a comida? — Eu compro de fora. Ela parecia preocupada, mas por incrível que pareça, eu conseguia decifrar as reações dela, como se eu já a conhecesse de longas datas. — Olha, você não precisa se preocupar com alimentação, não vai faltar nada pra você aqui, eu sei que você perdeu o emprego e eu vou te dar duas opções, você pode ir atrás de outro, ou você pode limpar o apartamento duas vezes na semana e fazer o jantar, e eu pago três salários por mês pra você fazer isso. Ela ficou longos segundos me olhando com cara de paisagem até resolver me dar uma resposta. — Você está maluco? Você já está me dando um teto, eu não posso te cobrar pra limpar um lugar que eu também vou morar, nem cobrar pra fazer uma comida que eu também vou comer Aslan, isso é um absurdo, sem contar que três salários é muito dinheiro pra pouco trabalho. Nesse exato momento eu percebi que aquela garota era de fato especial.Foi preciso ter uma conversa séria com a Maya pra ela aceitar a minha ajuda financeira, ela teria mais tempo pra estudar, teria liberdade pra fazer os trabalhos dela, e conforto, coisa que ela não tinha antes, e enquanto conversávamos eu tive uma grande surpresa, ela estava fazendo o mesmo curso que eu.— Eu estou surpreso.— Surpreso porquê? Você acha que eu não tenho capacidade pra estudar farmacêutica?— Não se trata disso, e sim porque eu também faço farmacêutica. A fisionomia dela mudou, e eu tive que rir.— Tá vendo? Você também ficou surpresa e eu nem fico julgando os teus pensamentos.Ela começou a rir também, enfim estávamos nos entendendo.— Qualquer dia desses eu vou falar quem eu sou e os meus planos, e se agente conseguir se manter no mesmo ambiente sem se matar, eu te incluo neles.— E quem disse pra você que eu quero fazer parte dos teus planos?— Quando você souber tudo sobre mim, eu tenho certeza que você vai querer.Eu falei já pegando as coisas dela e levando pro q
Enquanto devoramos aquela comida maravilhosa, entramos em um assunto que eu não estava preparado naquele momento.— Quais serão as regras para namorados e namoradas aqui?Eu quase engasguei. Uma hora eu estava em cima dela, segurando seus braços, ficando duro e batendo uma punheta pensando nos peitos dela. No outro, ela estava diante de mim, falando mesmo que indiretamente que em breve teria um cara fazendo com ela tudo o que eu gostaria de fazer.— Que cara é essa? Precisa desse tanto de tempo para pensar?— Eu prefiro que você não traga ninguém aqui.— E você? Vai trazer?— Olha, levando em consideração que esse apartamento é meu, eu poderia, mas vou servir de exemplo para você e não trazer.— Que cara mais justo, eu amo isso. Então vamos oficializar essa regra?Ela lambeu a palma da mão e esticou para mim apertar.— Eca, que nojo. Isso é o quê? Uma sentença? — É o nosso contrato. Vai apertar ou não?— Você parece um moleque, não me impressiona o fato de ter se vestido como um naqu
Eu passei o restante do dia trancado no quarto, eu não queria ter que encará-la, e era muito provável que ela também não quisesse, já que eu praticamente larguei ela na cozinha quando ela estava sedenta pelo o meu pau. Parecia muita presunção minha pensar dessa forma, mas ela estava roçando a bunda em mim, e alguém que não queria nada, jamais faria isso.Quando a noite chegou, ela bateu na minha porta e eu me vi mais uma vez na mesma situação da tarde, com medo de abrir, eu não sabia o que esperar dela depois de tudo.— Aslan, o jantar está pronto, vai me acompanhar, ou vai se esconder aí até amanhã?— Eu não estou me escondendo.Falei enquanto criava coragem para abrir a porta.Quando eu abri, ela já não estava mais lá, então o jeito foi ir seguindo o cheiro da comida, que mais uma vez havia preenchido o ambiente.— Eu tenho que começar a me acostumar com isso.Falei quando cheguei na cozinha. Ela já havia colocado a minha comida, e abriu aquele sorriso lindo para mim.Eu sentei e en
Eu já estava ficando louco, vendo ela daquele jeito, sem falar o que dr fato estava pensando. — Você quer parar e voltar a sentar, por favor? — Você tem noção da enorme responsabilidade que você terá nas mãos quando o... Você sabe. — Quando o meu pai morrer? — Desculpa falar sobre uma possível morte do seu pai, mas não dá para imaginar uma indústria tão importante ir para o túmulo com ele. — É exatamente por isso que estou fazendo farmacêutica. Ela finalmente parou de andar e sentou. — Porque você decidiu falar isso para mim agora? — Porque as coisas estão andando rápido demais por aqui. — Você quer dizer, rápido demais entre a gente? — Isso. E se um dia você se tornar algo mais do que só alguém que divide o apartamento comigo, você tem que saber da complicação que será sua vida. — Eu não quero ter um relacionamento agora, Aslan. Nem você iria querer ter um comigo, eu sou complicada, cheia de traumas, e não quero que você seja mais um. — Eu não estou pedindo voc
MAYA""""Eu já amei muito alguém, mais do que a minha própria vida, amei tanto, que quando eu perdi esse amor, não havia nada no que eu pudesse me segurar.Quando você entra em um relacionamento com alguém, você leva um tempo até conhecer verdadeiramente aquela pessoa, mas eu o amei antes de eu o conhecer de verdade.Quando eu percebi, eu já havia saído de casa, estava morando em uma kitnet, com um viciado em pó, com a desculpa de que o meu amor iria tirar ele daquela vida.Eu ignorei todos os sinais, os objetos que inesperadamente sumiam, e ele dizia que havia quebrado e ele tinha jogado fora, enquanto eu trabalhava para termos uma vida melhor, ele trabalhava para alimentar o vício.Um certo dia, eu acordei, e ele não estava do meu lado, logo eu pensei que ele havia ido mais uma vez atrás de drogas, e logo voltaria, mas ele não voltou.Eu fiquei louca atrás dele, andando pelas ruas, vasculhando cada calçada, cada beco, cada boca, até um traficante local falar para eu parar de procur
ASLAN"""A Maya ficou emocionada com tudo o que eu disse, mas ficou aérea depois disso, como se ela tivesse revivendo lembranças dolorosas. Eu queria que ela se abrisse comigo, que colocasse para fora tudo o que estava atormentando ela, talvez ela fosse ficar como eu, leve depois de desabafar.Para mim, foi um grande alívio falar sobre a minha vida para Maya, mesmo percebendo o impacto que eu causei com aquela revelação.Parecia meio insano me sentir tão à vontade com ela, como se ela fosse a garota ideal para eu dividir a vida. Eu nunca tive pressa com nada, minha rota sempre foi muito bem calculada, então aquilo era assustador até para mim.— Vamos deixar as coisas rolarem naturalmente, Aslan. Talvez isso aqui, seja só desejo sexual.Ela finalmente falou, depois de ficar vários minutos em silêncio.Fiquei um pouco desapontado, mas compreendia perfeitamente que ela não estava pronta para falar sobre o passado dela comigo, e eu tinha que respeitar o tempo dela, no fundo eu sabia que
Ela começou a cavalgar em mim, lentamente, enquanto eu segurava aqueles peitos rosados e durinhos.À medida que eu os apertava, ela foi aumentando a velocidade das sentadas.— Ow, Maya.Eu soltei um grunhido, totalmente sedento por mais do corpo dela, eu nunca havia visto garota mais perfeita.Eu a puxei para mim, colando o corpo dela no meu, e a beijei, enquanto ela mantinha os movimentos no meu pau. Eu segurei a nuca dela, aprofundando o nosso beijo, e senti a buceta dela apertada o meu pau. Ela gemeu entre os meus lábios, e eu grunhi ainda mais alto nos lábios dela, e nós dois gozamos juntos, como se os nossos corpos estivessem completamente ligados.— Isso foi...— Incrível.Ela completou a minha frase como se pudesse ler a minha mente.— Eu não sei o que você está fazendo comigo Maya, o que eu sei é que eu não posso deixar você escapar das minhas mãos.Falei antes de voltar a beijá-la.— Não fala isso antes de saber minha história, Aslan.Ela disse ao finalizar o beijo e em segui
MAYA"""Eu aprendi a andar devagar depois de me arrebentar tendo pressa.Aprendi a olhar o tempo antes de sair de casa, depois de ficar ensopada por conta da chuva.Aprendi a fechar as janelas em tempos de frio depois de adoecer por ter dormido com elas abertas.Aprendi a usar meias depois de usar sapatos desconfortáveis.Eu só não aprendi a abrir o meu coração depois de ter ele esmagado por alguém. Mas ninguém nunca tentou encontrar a chave para abri-lo.Eu ainda tinha desejos, meu corpo gritava por um toque, algo que fizesse eu me sentir viva, e depois que eu senti as mãos do Aslan em mim, foi impossível conter a vontade que eu estava sentindo de ter prazer.No quarto, sozinha, em um completo silêncio, depois de um banho frio, vesti o meu vestido de dormir e deitei, o sono parecia não querer chegar, e meus desejos estavam cada vez mais intensos, então eu me deixei levar por eles e comecei a me masturbar, pensando em toda a tensão sexual que aconteceu entre eu e o Alan, eu só não es