Elias caminhava com um gesto despreocupado, de mãos nos bolsos, mantendo alguma distância de Marlén, mas antes de entrar no palácio parou, olhou por cima do ombro e agarrou-a com força pelo pulso esquerdo, fazendo-a parar.
Abriu a boca com a intenção de a menosprezar para aliviar a sua raiva. Queria dizer-lhe para não ficar com tanto crédito pelo que tinha acontecido. Mas, de repente, ao olhar para os olhos dela, sentiu o seu próprio coração a bater nos ouvidos e as palavras ficaram-lhe presas na garganta.
"Não posso estar apaixonado. Não é suposto eu sentir. O que é que interessa se a faço sentir mal, porque agora estou consciente de mim próprio?", analisou enquanto olhava para ela e a sua pulsação aumentava.
-Tens alguma coisa a dizer? -Marlen perguntou, franzindo o sobrolho. Ela sentiu-se desconfortável porque também sentiu uma sensação de desânimo quando ele lhe disse que nunca o aceitaria.
-Esquece! Ele soltou-a como antes e Marlen soltou um riso nasalado, sentindo agora a rejeiçã