LIVRO 2 — DUOLOGIA HOMENS QUE NÃO SABIAM AMAR *****************☆***************** Theodoro Aljarafe encara tanto a vida, quanto seus negócios, com severidade e punhos de aço. Ele é um homem de gênio e personalidade fortes, e tão sagaz como um leão. É obstinado, arrogante, impetuoso e que sempre vai em busca daquilo que acredita ser o melhor para si. Não nutre sentimentos por ninguém, além de si mesmo. Mas tudo começa a mudar quando seu caminho se cruza com o de Suzana Guimarães, uma mulher doce, forte e obstinada. Que após sofrer um golpe viu o seu mundo cair e se esvair por entre os dedos. Para tentar sobreviver entra num mundo obscuro, se tornando uma acompanhante de luxo. Duas vidas opostas se cruzam numa casualidade da vida. Será que Suzana suportará tudo o que está por vir? E Theodoro, se, permitirá prender a uma mulher, para enfim descobrir o que é amor?
Leer másSuzana não acreditava no que estava acontecendo, ela achava que aquilo só poderia ser um pesadelo. Depois de quatro anos de casamento, não era possível que tinha sido enganada por Joaquim. Ele devia estar brincando com ela, fazendo uma piada de muito mau gosto por sinal.
— Para de brincar comigo, Wallace, isso não se faz. – Ela resmungou para o advogado— Infelizmente não é brincadeira, Suzana, você não tem mais nada. Nem casa, nem a sua parte na empresa, nada no banco e nem a casa dos seus pais. Você deu o direito ao Joaquim de vender tudo. Ele fez todas essas negociações com uma procuração assinada por você. Foi tudo legal, eu lamento.— Meu Deus!Ela sentiu algo apertar sua garganta, sem acreditar que perdeu a casa dos pais. Aquele desgraçado a traiu e ainda vendeu a casa dos pais dela! Foram anos economizando dinheiro para comprar a casa, e agora tudo se foi. Ela percebeu que sua vida fora destruída e não sabia o que faria. O cretino do marido deu um golpe, levou tudo o que tinham construído juntos. E agora ela estava na rua, sem nada.O que faria agora se não tinha para onde ir?Não tinha emprego, dinheiro e sem nenhuma ideia de como sobreviver?Apenas lhe restou suas roupas e o dinheiro que tinha na carteira, todo o resto se foi, não tinha restado mais nada.— Como vou viver, Wallace? Eu não tenho para onde ir. E os meus pais? Onde vou colocá-los? Ainda tem a minha irmã e a sua filhinha, ela só tem oito meses. Eu sou responsável por todos. Como eles ficarão?O advogado a olhou com pesar, e isso a matou. Suzana odiava quando as pessoas sentiam pena dela.— Eu tentarei te ajudar, Suzana. Vou ver se te arrumo um emprego. Sinceramente, estou tão chocado quanto você. Juro que não sabia que o Joaquim estava tramando um golpe contra você. Eu presto serviços para ele desde o início da empresa, nunca imaginei que ele fosse capaz de algo tão monstruoso assim.— Ainda acho que é brincadeira. – As lágrimas voltaram a cair pelo seu rosto— Não é. Essa ordem de despejo que recebeu é verdadeira, e todos os outros documentos também. Ele te roubou e fez tudo isso legalmente. Eu mesmo conferi a assinatura do documento, e ela é sua. Mas se quiser podemos contratar um perito e confirmar a veracidade da assinatura.— E vou fazer isso com que dinheiro? Só tenho dinheiro para comprar umas três refeições em algum restaurante barato e pagar minha passagem para ir até a casa da Priscila.— Bem... Realmente, um perito não é barato, mas posso pagar e depois você acerta comigo.— Você sabe que não terei condições para isso, eu não tenho formação acadêmica, sempre trabalhei com o canalha do Joaquim. Não tenho como arrumar um emprego que me dê um bom salário para te pagar. E ainda vou ter que cuidar da minha família, meu pai não pode trabalhar por causa do coração, a aposentadoria dele é uma miséria e o salário da minha mãe não dá para eles sobreviverem. Agora que eles não têm a casa... – A voz dela falhou ao se lembrar disso. – Eu não conseguirei pagar um aluguel, bancar o tratamento do papai e ainda sustentar a maluca da minha irmã com uma filha pequena. Eu terei que fazer isso, mas agora que não tenho nada, não sei como fazer isso. Não posso arrumar uma dívida agora, não quando tantas pessoas dependem de mim. – Mais uma vez, ela viu pena nos olhos de Wallace e sentiu vontade de sair correndo dali.— Você está certa, precisa resolver a situação da sua família. – Ele suspirou e devolveu a ordem de despejo que estava em suas mãos. – Eu vou tentar te arrumar um emprego, mas confesso que não tenho como encontrar algo que pague bem. Apesar de você ter experiência em escritório, como mesmo disse, não tem formação, e o seu marido vendeu a empresa. Como você era uma das donas, não terá como receber uma referência de trabalho.— Tudo isso é surreal.Ontem, ela estava contando os dias para o marido voltar de viagem, e hoje estava sem nada e sem marido. Isso não podia, de fato, estar acontecendo.— Parece mesmo, lamento querida.Sem conseguir aguentar o olhar de pena dele, Suzana se retirou e saiu sem saber o que fazer. Tinha apenas uma semana para retirar as suas coisas da casa. Não que ela precisasse de tanto tempo, só poderia levar as suas roupas e os objetos pessoais. O canalha do marido vendeu a casa com todos os móveis juntos. Só lhe restou pouca coisa para carregar, ele não deu nem o direito de ela ficar com as suas joias. Todas sumiram, e agora ela tinha certeza que ele levou tudo na viagem de mentira que inventou.Há uma semana, ele saiu dizendo que iria participar de uma reunião com novos clientes, mas, no fundo, o filho da mãe estava fugindo, sabe Deus para onde. A vida de Suzana estava um caos, porque ele conseguiu uma procuração com a sua autêntica assinatura, mas elanão se lembrava de ter assinado esses papéis. Sempre lia tudo o que assinava e sempre recebia a recriminação dele por fazer isso. Agora entendia porque ele sempre brigava com ela quando precisava assinar algum documento daempresa, o desgraçado já tinha intenção de roubar tudo dela.Seu celular tocou, e ela nem se preocupou em saber quem era:— Alô.— Desculpa, amiga, mas eu acordei tarde e só agora vi sua mensagem.— Trabalhou em outro evento ontem?— Sim. Essa semana tem sido agitada.Desde que a melhor amiga de Suzana, Priscila, arrumou esse novo emprego em eventos de gala, andava caindo nas noitadas. Ela trabalhava até de madrugada e só chegava em casa com o dia raiando.– O que aconteceu? Você disse queprecisava falar comigo com urgência.— Posso ir à sua casa?— Claro que sim, estou te esperando.— Certo.Ela olhou para o ponto de ônibus e caminhou até lá. Depois de anos sem saber o que era andar em um coletivo, ia ter que se acostumar a usá-los novamente. De agora em diante a sua vida seria outra e carros da moda não estariam mais ao seu alcance, teria que andar muito a pé e em ônibus, não tinha outra solução.*****Horas depois...Suzana chegou a casa da amiga, que ao ouvir tudo o que aconteceu não conseguia acreditar, cai sentada na poltrona com as maos sobre a boca e olha para a amiga que parece estar em outro planeta.— O quê? Repete, que não entendi nada. Aquele otário te roubou? Ele te deixou sem nada?— Só tenho as minhas roupas, não sobrou mais nada.— Jesus! – Priscila se jogou no sofá com os olhos arregalados. – Eu sempre soube que ele não prestava, mas nunca imaginei que fosse capaz disso.Priscila nunca gostou do Joaquim. Às vezes, Suzana achava que era porque ele tinha a escolhido no lugar de Priscila. Quando as amigas o conheceram, ambas ficaram interessadas nele, mas Joaquim gostou de Suzana, e os dois começaram a namorar. Mas agora ela percebia que todas as observações que a amiga fez sobre o ex-marido ao longo do tempo eram verdadeiras.— Eu nunca te ouvi, sempre achei que você ainda se interessava por ele.— Credo! – Priscila olhou para a amiga, indignada. – Nunca ficaria com um boy de uma amiga, principalmente se ele fosse um egocêntrico como o seu ex-marido. Ele pessoalmente era insuportável, eu só o suportava por sua causa.— O que eu vou fazer, amiga? Como vou sobreviver sem casa, sem trabalho e tendo que cuidar da minha família?— Vamos dar um jeito. Por ora, você fica aqui comigo. Vou esvaziar aquele quartinho de bagunça lá nos fundos. É pequeno, mas vai dar para você dormir. Eu tenho um colchonete aqui e você fica com ele até comprarmos a sua cama. E vou liberar uma parte do meu armário para você. Depois podemos vender aqueles seus vestidos caros. Tem um bazar em Copacabana que paga muito bem, isso vai te ajudar a levantar uma grana até você arrumar um emprego.— Não sei como te agradecer, Pri. Estou em estado de choque. – Suzana a abraçou, chorando, e a segurou com força.— Não precisa agradecer amiga, eu sei que faria o mesmo por mim.— Claro que faria. – Ela se afastou e enxugou o rosto.— Pare de chorar, vamos tirar as suas coisas daquela casa e se livrar de todo o seu passado.Suzana respirou fundo e deu um longo abraço na amiga. Naquele momento era tudo o que ela precisava, alguém que a escolhesse e não julgasse.****Horas depois...Como não tinha quase nada para levar, em pouco tempo Suzana embalou as suas coisas. Ligou para o advogado que representava o novo proprietário e entregou as chaves da casa. Saiu sem olhar para trás, não queria mais se lembrar da vida de fachada que levou naquele lugar.Agora ela sabia que todos os anos que passou ao lado do marido foram ilusão; se ele a amasse de verdade, nunca teria lhe dado um golpe. Aquele canalha a usou e a passou para trás. Depois de seis anos, entre namoro e casamento, Suzana dedicou a vida a ele, e agora ficou sem absolutamente nada.— Você realmente não tem ideia de para onde ele foi? Podemos tentar encontrá-lo pela internet, pedir ajuda dos amigos que tinham em comum, ou algo parecido. Ele não pode ter evaporado do nada, tem que ter alguma pista de onde ele está. – O irmão da Priscila lhe deu essa sugestão.— Não tenho noção de onde ele possa estar Pablo, só sei que foi para São Paulo em uma reunião, e, depois disso, só recebi ligações dele até ser despejada ontem à tarde da minha casa.— Isso parece até história de novela. Aquele teu marido sempre me pareceu um safado, mas não esperava tanto.— Não era só eu que não gostava dele. – Priscila falou enquanto tirava a última bolsa do carro do irmão.— Acho que só eu não percebia o mau-caratismo dele.— Você estava apaixonada, por isso não percebia. – Pablo tentou justificar a falta de atenção dela.— Você tem razão. – Suzana teve que concordar com ele.Sempre imaginou o marido como um homem acima do bem e do mal, mas agora percebia que estava apenas sob o efeito da paixão.Assim que entraram na casa da Priscila, o seu celular tocou. Quando viu o nome da mãe no visor, Suzana se encolheu. Se a sua mãe chorasse, mais uma vez ela desabaria.— Oi, mãe.— Arrumei um lugar para ficarmos, graças a Deus. – A voz de sua mãe era trêmula, e Suzana percebeu que estava tentando segurar o choro. – A Vânia, aquela minha prima que mora aí, no Recreio dos Bandeirantes, vai nos receber. Ela tem uma casinha pequena desocupada no quintal e vai nos ceder o local. Até o fim de semana, nos mudaremos, o Levi da padaria vai fazer o frete da nossa mudança sem cobrar nada. Você sabe que ele é um bom amigo do seu pai.— Mãe... – A voz morreu quando percebeu que a mãe resolveu tudo em pouco tempo. – Sinto muito, fui ao advogado, e ele disse que toda a transação foi feita com uma procuração assinada por mim, mas eu juro que nãoassinei nada, não estou entendendo o que aconteceu.Sua mãe suspirou pesadamente do outro lado da linha.— Aconteceu que esse seu marido é um bandido e roubou tudo o que você ajudou a construir ao lado dele. O que mais tem nesse mundo é gente ruim, filha. Mas não se preocupe, Deus nos dará tudo de volta e cobrará dele tudo o que está nos fazendo.— Só a senhora para ser tão forte nesse momento, eu estou devastada com toda essa situação. Não sei o que farei da minha vida.— Tudo tem jeito, filha, agora que estou saindo daqui da Serra, poderemos ficar mais próximas. Se você quiser, pode ficar com a gente lá, seu pai vai ficar feliz em ter as meninas dele de volta sob as suas asas.— Eu sei que ele ia gostar, mãe. — Pela primeira vez nesse dia, Suzana sorriu. Ter sua família tão perto dela seria um bálsamo para a dor que estava sentindo. – Mas estou na casa da Priscila, e aqui é melhor para arrumar um emprego.— Tudo bem, meu amor. Assim que eu estiver saindo daqui, aviso, mas fica com o coração em paz, filha, vamos superar toda essa crise, e de alguma maneira encontraremos esse homem.— Mãe, como o papai está?— Ele reagiu melhor do que pensei, está mais preocupado com você do que com a perda da casa. Fica tranquila, que estamos bem, o importante é que estamos com saúde, vamos nos ajeitar.— A senhora não existe, mãe.— Existo sim, filha, e te amo demais. Cuide-se, meu amor, até domingo mamãe chega.— Também te amo, mãe. – Ela pediu a benção da mãe antes de desligar.— Sua mãe é incrível, que inveja. – Priscila sorriu e levou algumas das suas bolsas para o próprio quarto.— Eu sei.— Fiquem por aí, que tem um rato nesse quartinho. – Ambas escutaram Pablo gritar no fundo da casa.Elas se entreolham e gritaram ao mesmo tempo. Correram para o quarto de Priscila e se trancaram e apenas ouviram a briga feroz do Pablo com o rato. Graças a Deus que ele se ofereceu para desocupar o quarto, se ele não tivesse feito isso, elas estariam desesperadas e sozinhas nessa casa.— Seu irmão é um herói.— Eu sei. Nele, podemos confiar. – Priscila soltou um grito quando ouviu o irmão berrar um palavrão e abraçou a amigaSuzana percebeu que estava sem rumo, mas que ao menos sobraram verdadeiros amigos ao seu lado, aos quais poderia sempre confiar.Continua...Cinco anos depoisMesmo a contragosto, Théo teve que viajar a negócios para a inauguração da mais nova fábrica da Cosméticos Parise na região nordeste. Ele havia escolhido o local cuidadosamente, pensando principalmente nos empregos que iria criar na região. Os incentivos fiscais eram maravilhosos, mas o que atraiu de verdade na construção da fábrica foram as modificações que ela provocaria na vida das diversas pessoas carentes que se beneficiariam direta e indiretamente com os empregos que surgiriam.Ele se sentia feliz em ter concluído esse projeto, mas ter que inaugurá-lo pessoalmente foi um verdadeiro martírio. Desde que se casou, evitava deixar a sua família sozinha. Apesar de saber que Suzana cuidaria das crianças sem problemas, ele não conseguia ter paz longe das confusões dos seus filhos.Ter todos ao seu redor tornou uma necessidade surreal para ele, o cheiro, o sorriso, o barulho que as suas crianças faziam, tudo era parte da sua rotina. Já não existia a mínima possibilidade
Sempre que tinham um tempo para ficarem sozinhos, Théo e Suzana faziam questão de aproveitar cada segundo. Os dois pareciam duas crianças soltas em um parque de diversão, ficavam até perdidos sem saber como deveriam aproveitar essas horas livres.Naquela noite, Sofia ficou com Carmem. As duas sempre passavam uma noite por semana juntas. Às vezes, Théo até permitia que Sofia ficasse o fim se semana na casa da mãe. Ao contrário de Suzana, que não se importava com Sofia na casa da avó, Théo não gostava de deixá-la sozinha. Ele tinha necessidade de sempre tê-la por perto, para sanar seu instinto de proteção.— Por que não quis sair para dançar? Você tinha me dito que queria se mexer um pouco. – Suzana olhou para o marido dirigindo seu potente Porsche e sorriuRaramente Théo dirigia, Douglas sempre estava ao seu redor. Mas quando resolvia assumir o volante, ficava irresistível. A segurança e charme dele faziam Suzana ter pensamentos indecentes, sua vontade era parar em alguma rua e subir n
Três meses depois— Como assim, você comprou a minha casa? – Priscila olhou o papel que mostrava que a sua casa na vila agora era sua— Usei o dinheiro que o Théo fez o Joaquim devolver, não queria ficar com nada que me lembrasse daquele canalha.Se dependesse de Suzana, apagaria todas as lembranças que possuía do tempo em que viveu com o canalha do ex-marido.— Você não podia ter feito isso, Suzana, esse dinheiro deveria ter sido guardado para a Sofia. – Suzana disse e sorriu para a amiga— Sofia tem uma pequena fortuna em sua conta, amiga, quando ela crescer, será milionária. Por acaso você acha que o Théo a deixaria desamparada? Ele já providenciou um fundo para que Sofia possa usar quando se formar na faculdade.— Não me importa se ela é milionária ou não, ainda assim acho que esse dinheiro deveria ser dela.— O dinheiro é meu e faço o que quiser. Agora você tem uma casa e um novo emprego.Priscila olhou para a amiga, intrigada. O que será que ela quis dizer com novo emprego? At
Para a alegria de Suzana, o juiz os recebeu com muita simpatia e foi diretamente avisando da desistência do pedido de guarda da família paterna. Ele também avisou que nenhum pedido formal de paternidade foi realizado por parte de Túlio.Alívio foi o sentimento que Suzana sentiu quando ouviu essa notícia, e a situação só foi melhorando quando a assistente social fez o relatório ao juiz afirmando que a Sofia estava muito bem amparada e que tanto Theodoro, quanto Suzana a tratavam como uma verdadeira filha.O juiz pareceu satisfeito com a opinião da mulher, e quando Adélia apresentou os papéis do casamento deles e afirmou que ambos queriam adotá-la como filha, ele apenas deu uma leve olhada no documento e rapidamente pediu para que trouxessem a criança para que pudesse conhecê-la.Assim que Sofia entrou na sala, se retraiu no colo da babá, mas bastou Théo pegá-la, que a menina se derreteu no colo dele. Era sempre assim quando ele a pegava, Sofia não conseguia resistir ao charme de Théo e
Dois meses depoisFinalmente o dia mais aguardado por Suzana chegara, e agora ela se sentia mais perto do que nunca de ter Sofia para si. Misteriosamente, a avó de Sofia abriu mão da guarda da menina e sumiu juntamente com o filho. Suzana.tinha plena consciência que Théo tinha se intrometido no assunto para a mulher desistir com tanta facilidade. Em muitos momentos, quis perguntar o que ele fez, mas acabou seguindo o conselho de Fátima: deixou o assunto de lado e apenas aproveitou a felicidade de ser a única pessoa interessada em ficar com a pequena.Eles estavam casados há dois meses, e desde então viviam como uma verdadeira família ao lado de Sofia. Nesse tempo, tiveram a visita da assistente social que cuidava do caso, e pela maneira encantada que a mulher olhava para Théo, ela aprovaria para o juiz a indicação dele como pai.Suzana olhou para o marido e o viu conversar com alguém pelo celular enquanto aguardava o juiz chamá-los. Como eles pretendiam adotá-la, Théo necessitou estar
Semanas depois...O casamento entre Suzana e Théo aconteceu no prazo previsto, em uma cerimônia discreta no próprio salão onde aconteceria o almoço de confraternização que seria oferecido apenas para os amigos íntimos. Depois de toda a situação complicada que ela passou com o golpe do marido, eles acharam que algo simples seria mais apropriado.O dia do casamento foi o mais feliz da vida de Suzana, ela sentia que estava fazendo a coisa certa. O amor que sentia por Theodoro era algo indescritível. Não se comparava com o sentimento que teve pelo ex-marido. O que sentia por Joaquim era companheirismo. Além disso, ela sempre teve medo de ficar sozinha, portanto se deixou influenciar por esse sentimento até quase destruir sua vida.Theodoro não conseguia parar de sorrir desde o instante que acordou para ir se casar. Se algum tempo atrás uma pessoa dissesse que ele ficaria tão feliz em assumir uma mulher para a vida toda, ele cairia na gargalhada sem conseguir imaginar que isso seria verdad
Último capítulo