204. REBELANDO-SE CONTRA O ALFA
NARRADORA
O sabor forte de almíscar e peixe a sufocava, as ânsias ameaçavam fazer com que vomitasse a bílis do estômago.
Ela não aguentava mais. Esse era o seu limite.
O lobo achava que agora sim iria aproveitar aquela mulher que vinha cobiçando fazia tempo.
Suas ancas estavam prestes a começar a se mover naquela boquinha delicada quando, de repente…
— AAAAAAHHHHH MALDITA, AAAAAHHH ME SOLTA, ME SOLTA, AAAAAHHH FILHA DA PUTA!
Gritou feito louco, sem coragem de se afastar de uma vez, quando os caninos afiados da loba Clárens se fecharam em sua virilidade com tanta força que quase a arrancaram por completo, deixando-a pendurada por um fio de músculos e ligamentos.
O sangue das grossas veias espirrou no rosto de Clárens, mas o ódio era tanto que ela só queria devorar aquela carne, rasgá-lo por completo.
No meio de sua agonia, o homem finalmente sentiu a morte se aproximando.
Estava tão mergulhado na luxúria e nos pensamentos perversos que nem mesmo seu lobo percebeu que estavam sendo caça